domingo, 20 de setembro de 2009

Árvores Nativas: Paineira



Nome popular: Paineira, Árvore-de-paina, Paineira-rosa, Paineira-branca
Família: Bombacaceae
Espécie: Chorisia speciosa St.-Hil.

Descrição

A "paineira" é uma das mais típicas árvores das florestas secas do interior do Brasil. A característica de estacionalidade climática mais marcante do interior, com um período de seca e frio mais acentuado, faz com que várias espécies florestais percam suas folhas no período mais seco, normalmente também dispersando as sementes nesta época, daí o nome destas florestas: estacionais e/ou caducifólias ou deciduais. A paineira, assim como o "jequitibá", o "pau-marfim", a "cabreúva", entre outras, despem-se de folhas no período seco, normalmente florindo e frutificando nesta época.

A paineira normalmente começa a florir e perder suas folhas à partir de dezembro, estando completamente sem folhas em abril e maio, quando começa a abrir seus frutos e dispersar suas sementes envoltas em abundante paina, pelo vento.

As paineiras normalmente atingem grandes proporções, sendo árvores com troncos e ramos aculeados e o tronco bojudo, provavelmente para armazenamento de água. Pertence à família das "barrigudas" do nordeste e do "baobá" da África. Possui variedades de flores brancas e rosa de várias intensidades, sendo muito utilizadas para paisagismo de locais amplos. A paina (retirada de seus frutos) pode ser usada para enchimento de colchões e travesseiros tendo sido muito usada, no passado, para enchimento de bóias de embarcações.

Sua madeira não tem grande utilidade para o homem, embora os índios botocudos a utilizem para seus ornamentos de beiço e orelha. Tem crescimento rápido sendo recomendada para plantios de recuperação de áreas degradadas e para o paisagismo.

Provavelmente todas as pessoas já devem ter visto uma paineira em flor ou dispersando suas sementes, apesar da espécie ser cada vez mais rara em sua condição natural. Quem, em São Paulo, nunca ouviu falar do Clube Paineiras? Os mais velhos devem se lembrar de uma enorme paineira localizada no fim da Eusébio Matoso e começo da Francisco Morato, cujo corte, na década de 70, necessário para melhorar o tráfego na região, foi briga de muitos ambientalistas. Desta briga resultou o plantio de paineiras no canteiro central da Av. Sapetuba, na saída da Raposo Tavares, hoje adultas. Ao longo da Raposo Tavares existem alguns belos exemplares, merecendo destaque uma grande paineira logo atrás do Pequeno Cotolengo e após o viaduto do Km26, próximo ao ponto de ônibus; bem como uma série delas, menores, no trecho entre o retorno da São Camilo (Km 24) e o retorno de Embú (Km 26).

Fonte do texto: http://www.cotianet.com.br/jornalatuante/mat017.htm

Fonte das Imagens: Patricia

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